O QUE É MOLUSCO CONTAGIOSO?

Muitas vezes confundidos com verrugas, o molusco contagioso é uma infecção viral contagiosa relativamente comum caracterizada pelo surgimento e nódulos na pele. É muito comum nas crianças, atingindo preferencialmente crianças em idade escolar. São pequenas pápulas da cor da pele, com umbilicação central (depressão patológica em formato similar ao do umbigo). É causado pelo poxvírus, um parente da varíola. O contato direto é a forma de contágio mais comum que existe para esse tipo de infecção. Pessoas que já estão com o sistema imunológico enfraquecido, também estão mais propícias a esta doença,como no caso de soropositivos, e em crianças, especialmente as que têm a pele seca, e alérgicas, como na dermatite atópica. Em pessoas saudáveis e com produção normal de anticorpos, o molusco contagioso normalmente desaparece sozinho em meses ou anos sem que haja necessidade de tratamento. Porém, é comum que uma terapia seja indicada para todos os casos. O tempo de cura irá variar conforme a pessoa. Pessoas com um sistema imunológico comprometido necessitam de tratamento especializado, exames de investigação imunológica e clínica. As lesões surgem nas áreas mais sensíveis com pequenas pápulas brilhosas da cor da pele, translúcidas e indolores, medindo, em média, 5 mm. Podem estar isoladas ou agrupadas, serem de variados tamanhos, e terem como característica principal a presença de umbilicação central. Nem sempre são numerosas e se localizam, preferencialmente, no tronco, podendo, contudo, ocorrer em qualquer parte da pele. Essas pápulas podem surgir em forma de linhas. São lesões auto inoculáveis, que surgem principalmente nas áreas de trauma, provavelmente de coçadura. Elas provocam o aparecimento de lesões lineares e recebem o nome de fenômeno de Koebner. A coceira, nem sempre frequente, mas presente, ou outra irritação, acaba levando o vírus a se espalhar para outras partes do corpo. Em adultos, é comum que essas lesões sejam observadas nos genitais, abdômen e parte interna das coxas, daí serem consideradas por alguns especialistas também como doença sexualmente transmissível. É uma infecção universal, com maior prevalência em áreas tropicais e maior incidência em crianças, podendo ocorrer em adultos sexualmente ativos e imunodeficientes.

TRANSMISSÃO

A transmissão ocorre por contato direto, utensílios contaminados tais como: toalhas sujas, talheres, maçanetas, corrimãos, ônibus e outros meios de transportes coletivos e mesmo superfícies tais como chão, paredes e mesas também podem servir de disseminadores da doença. O diagnóstico é clínico pela aparência das lesões e, quando há dúvida, a análise histológica pode ser útil. Apesar de benignas e geralmente autolimitadas, as lesões podem apresentar algumas complicações, como inflamação, prurido, eczematização, infecção bacteriana secundária e cicatrizes permanentes. Por esses motivos, é recomendado o tratamento das lesões. O tratamento pode ser feito de diversas formas, incluindo a conduta expectante, visto que pode haver resolução espontânea. É importante a orientação familiar sobre os aspectos da doença e a possibilidade da cura espontânea. Situações sociais envolvidas na patologia, como o paciente frequentar creches e escolas, faz com que seja mandatória a remoção das lesões. Vários procedimentos são válidos, como a extração manual com profissional habilitado; remoção cirúrgica, por raspagem, curetagem ou congelamento; ou por meio de eletrocirurgia com agulhas. É importante o paciente estar ciente que procedimentos cirúrgicos podem deixar cicatrizes. Medicamentos, como os utilizados para remover verrugas, podem auxiliar na remoção de lesões maiores. Já para tratar lesões muito pequenas, nas quais a remoção mecânica se torna inviável, ou crianças maiores, o imiquimode pode ser empregado como coadjuvante na terapia. É importante também lembrar que se trata de uma doença viral e que, nos casos rebeldes, a investigação da saúde do paciente é fundamental.

CURETAGEM SOLUÇÃO EFICAZ

A curetagem, é tida como a técnica mais efetiva e com menor índice de recidiva, avaliada como padrão-ouro no tratamento do MC, porém não existe consenso sobre o melhor método. A curetagem é uma técnica específica que serve para a remoção de tecido, utilizando-se um instrumento não cortante, a cureta. Pode ser realizada como procedimento único para lesões superficiais, como no caso do molusco contagioso ou ceratose seborreica, ou como complemento em tratamento de outras lesões cutâneas, como verrugas gerais, ou até carcinomas baso celulares. Quando realizada superficialmente, pode ser feita apenas com anestesia tópica. Para procedimentos mais profundos, demorados ou em pacientes mais sensíveis é recomendável a infiltração anestésica.