EXÉRESE OPÇÃO CONTRA O CÂNCER DE PELE

Conforme a Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica, a exérese, também chamada de excisão cirúrgica é considerada a principal opção terapêutica para o câncer de pele, a excisão cirúrgica nada mais é do que remoção da lesão e de margens laterais de tecido sadio, para garantir a retirada completa das células cancerosas. A quantidade de tecido sadio removida depende do tamanho, da histologia e da localização do tumor. Caso este seja muito profundo, serão removidos também os gânglios linfáticos próximos à lesão. A excisão apresenta altas taxas de cura para tumores pequenos, descobertos em estágios iniciais. No caso dos melanomas pequenos, pode-se realizar uma excisão simples, com a remoção do tumor e pequena margem de segurança. Quando o diagnóstico da doença for feito por biópsia, pode ser preciso aumentar consideravelmente a margem de segurança, realizando-se então uma excisão ampla. No caso das lesões menores, a excisão é um procedimento simples, que pode ser realizado em ambulatório com anestesia local. Lesões maiores podem requerer sedação ou anestesia geral, bem como exames pré-operatórios. Quando a extensão da área afetada é muito significativa e existe o risco do paciente ficar com uma cicatriz grande, a primeira etapa geralmente envolve uma biópsia incisional. Em casos desse tipo, apenas a parte da lesão é retirada para em seguida se esperar o diagnóstico e marcar o tratamento adequado.

O QUE É?

A excisão é um procedimento realizado para remover uma lesão de pele, que pode ser benigna ou maligna. O dermatologista, ao medir a área a ser removida, inclui uma margem de segurança. Em seguida, limpa a região tratada e aplica uma injeção com anestésico no local da lesão a ser removida. Após a remoção do tumor, é feita a reconstrução do defeito cirúrgico. Para isso, o médico pode utilizar diferentes técnicas. A escolha depende da localização, da histologia e da extensão do tumor. Mesmo tumores na face ou em outras regiões expostas do corpo podem ser retirados sem deixar defeitos grandes. Embora a excisão cirúrgica seja o padrão-ouro para o tratamento do câncer de pele, ou seja, é sempre a primeira opção para a retirada do tumor, podendo depois ser combinada com outros tratamentos, como a radioterapia ou pomadas imunomoduladoras, nem todos têm condições clínicas para se submeter ao procedimento. Pode ser contraindicada para pacientes com idade avançada, problemas sérios de coagulação, alergia aos anestésicos, que estejam imunodeprimidos ou utilizem marcapassos, por exemplo. Felizmente, esses pacientes contam com outras opções terapêuticas. Cada caso deve ser analisado individualmente pelo médico. Por fim, a lesão é dissecada e removida para que não tenha chance de se transformar em um tumor de pele.

OBJETIVO DO PROCEDIMENTO

O objetivo do procedimento é remover lesões que possam evoluir para um câncer de pele. A excisão cirúrgica é indicada para a remoção de tumores benignos e malignos.O exame pode ser realizado para diagnosticar todo tipo de doença de pele: tumores benignos, malignos, inflamatórias (psoríase, por exemplo) ou infeccioso (hanseníase, por exemplo). A remoção pode ser feita com bisturi até a camada gordurosa da pele, assim, o profissional se certifica de que todo o material foi retirado. Em seguida, ele deverá ser enviado a um laboratório para análise patológica. O fechamento da ferida cirúrgica se faz com pontos e curativos. Após um período de sete a 14 dias, os pontos são removidos, dependendo da localização e se os fios não estiverem sob tensão (muito esticados), pois se corre o risco de a ferida cirúrgica se abrir. Toda região do corpo possui características específicas que precisam ser observadas sempre. Sendo assim, o corte tem de ser efetuado na direção certa para prevenir cicatrizes visíveis demais. Cabe ao cirurgião usar a técnica mais apropriada ao realizar a exérese. Após a lesão de pele ser retirada, será necessário que o profissional da saúde conduza uma hemostasia, que significa conter o sangramento. No pós-operatório, coloca-se um curativo que usualmente é mantido até o paciente voltar ao médico. Da mesma forma, a sutura é outra etapa essencial dessa abordagem médica. Ela requer o máximo de delicadeza e cuidado possível para não deixar marcas com má aparência. Há vários estilos de pontos e a decisão fica por conta da competência do cirurgião. Por óbvio, a escolha tem de visar o melhor resultado estético para quem busca os seus serviços. Por menor que seja a intervenção, não se pode nunca desconsiderar o caráter cirúrgico do processo. Após a remoção do tumor, é feita a reconstrução do defeito cirúrgico. Para isso, o médico pode utilizar diferentes técnicas. A escolha depende da localização, da histologia e da extensão do tumor. Mesmo tumores na face ou em outras regiões expostas do corpo podem ser retirados sem deixar defeitos grandes.

EXÉRESE COM SUTURA COMUM & EXÉRESE COM ROTAÇÃO DE RETALHO

Com relação a sutura deste procedimento, podemos considerar:

 – exérese com sutura comum: fechada com pontos: Após a área cancerosa ser removida, a incisão é fechada com pontos ou, para casos menos graves, a ferida pode ser deixada aberta para curar sozinha;
– exérese com rotação de retalho: A excisão e sutura de lesões da pele com rotação de retalho cutâneo é utilizada quando não é possível a retirada de uma lesão por excisão e sutura simples,devido ao seu tamanho ou localização. Consiste na rotação de uma área da pele contígua à lesão para fazer o fechamento da ferida cirúrgica. Exige anestesia injetável e a ferida é fechada com pontos internos e externos, retirados dentro de 7 a 15 dias. Por utilizar pele contígua à lesão para fechar a ferida cirúrgica, a rotação de retalho deve ser sempre a primeira opção de reconstrução quando não for possível o seu fechamento por sutura simples, pois o uso de enxertos de pele de outros locais podem deixar diferença de cor e textura em relação à pele ao redor da área enxertada.
 – exérese com enxerto de pele: se a incisão for grande, por vezes é necessário um enxerto de pele. Utilizada em situações em que o ferimento não tem perspectiva de melhora apenas com curativos, o enxerto cutâneo reduz a área exposta, diminuindo a probabilidade de contaminação e tornando a cicatrização mais rápida. Enxerto é parte de um tecido vivo transplantado de um lugar para outro no mesmo organismo ou em organismos distintos.

NECESSÁRIO MONITORAMENTO DA LESÃO

As excisões no geral tem uma cicatrização tranquila, sem problemas. Você fará um acompanhamento com seu cirurgião ou médico para monitorar sua recuperação e se certificar de que a ferida está cicatrizando corretamente. Embora a excisão tenha uma alta taxa de cura para o câncer de pele, você sempre vai ter um pequeno risco de recorrência, ou então de desenvolver câncer de pele em outro local. Por isso, é importante manter o acompanhamento regular com o dermatologista para detectar qualquer novo câncer de pele.